Confissão


O que me compõe é tudo o que minha alma já viveu. É tudo o que meu corpo já sentiu. É o que eu me lembro, sonho, sinto: Amores, dores... Medos, vícios. É o que eu crio para mim E o que eu tiro... Desmorono... E o que fica é só o verdadeiro: Componho-me. O que me habita é tudo o que eu consinto. Tudo que é intrínseco, eu convivo. Todos os “eus” me habitam E todos eles gritam... Fugas, fogueiras, fuzuês... Habitam-me todos os sexos... Crenças, cores, quereres... E eu não fujo: Habito-me. O que eu conheço é o que eu busco E eu busco só o total... O que toca fundo, o que tem sentido. Meio termo, meio passo, meio vivo; O meio me faz mal. Quem não se conhece aceita qualquer coisa... Não conheço o caminho,... Mas hei de seguir... Não sei do mundo, mas sei de mim: Conheço-me. O que eu permito é tudo que me eleva Se não engrandece, não me acrescenta: desce! A luz e a sombra me somam, me mostram, me são. Sou o doce e o veneno, não há o que escolher... Verso e inverso, yin-yang, eu me completo. Não me tiro: Permito-me. Tudo que minha alma já viveu me compõe E o que me compõe habita em mim E o que habita em mim, eu conheço E o que eu conheço eu permito E o que eu permito, é. Eu Sou. Permito-me! Carolina Salcides

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